sexta-feira, 17 de junho de 2011

Evolução da Mulher

É certo que estamos na era dos Direitos Humanos e da luta contra todo tipo de preconceito e suas conseqüências, dentre eles pode-se destacar a situação das mulheres. Durante toda a história as mulheres foram alvo de agressões, privações e explorações social e legalmente justificadas por um contexto patriarcal e machista. Hoje, a sociedade não mais fecha os olhos perante esses casos e cada evento infeliz do passado tornou-se um marco na história da humanidade para que não se repitam.
É o caso do dia 8 de março, dia Internacional da Mulher, que em 1857 foi o dia da morte de aproximadamente 130 operárias que reivindicavam melhores salários e menores jornadas. Há também o dia 24 de fevereiro de 1932, muito importante para as mulheres brasileiras, já que nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.
A partir disso, pode-se observar que a caminhada feminina sempre enfrentou obstáculos máximos para obter direitos e condições mínimas e ainda continua! Apenas da igualdade política já conquistada, ainda há mais um desafio para a população feminina de todo o planeta: vencer o preconceito que se encontra na mente das pessoas e causa um dos maiores problemas: a violência contra a mulher.
Agressão é crime e, de qualquer gênero, contra a mulher é mais grave ainda, por isso merece uma atenção especial garantida pela Lei Maria da Penha. O objetivo é evitar que as mulheres sejam podadas de suas oportunidades e de seu valor em função de pensamentos machistas e arcaicos de chefes, maridos, entre outros. Existem ainda fundações, entidades e grupos, como a rede social Maria da Penha, responsáveis por dar a todas essas mulheres a coragem para denunciar e a segurança de serem acolhidas e protegidas pela sociedade após a denúncia.
Sobre essa lei, ainda há um aspecto importante, não deve-se permitir que essa legislação, resultado da dor e morte de tantas mulheres no passado, seja manipulada por operadores do Direito para obter benefícios para clientes homens que alegam ter sido agredidos por suas parceiras. Casos como esse devem ser enquadrados como agressão prevista no Código Penal, uma vez que não possuem o caráter de dívida histórica como é o caso da agressão contra a mulher que por tanto tempo foi aceita pelas autoridades.
Além de tudo isso, muito mais tem de ser feito. Mas já temos bons frutos: com uma presidente mulher no Brasil, e duas candidatas mulheres à presidência nas eleições de 2010, percebemos de forma mais clara aonde a população feminina pode chegar e o quanto pode contribuir para o desenvolvimento do país. Durante séculos elas observaram os erros das civilizações sem nada poder dizer, resistiram a toda humilhação e subserviência com ternura e dedicação e hoje, a voz que antes não saía, transformou-se em um grito de inúmeras realizações.
                                                                                           
                              Caroline Melo

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